Ansiedade na atualidade

Escrito em 05/12/2025
Por Portal CaxiasNews - Redação CaxiasNews

Resumo rápido: A ansiedade é hoje um dos maiores desafios de saúde mental, intensificada pelo ritmo acelerado da vida moderna, pela hiperconectividade e por crises globais. No Brasil, os índices são alarmantes, colocando o país entre os que mais sofrem com o transtorno.

Panorama global e nacional

A ansiedade, antes considerada uma resposta natural do organismo diante de situações de perigo, transformou-se em um estado persistente e debilitante para milhões de pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência de ansiedade e depressão aumentou em 25% após a pandemia de covid-19. No Brasil, os números são ainda mais preocupantes: cerca de 26,8% da população apresenta diagnóstico de ansiedade, de acordo com a pesquisa Covitel 2023. Isso significa que mais de um quarto dos brasileiros convive diariamente com sintomas que afetam sua qualidade de vida.

Causas contemporâneas

Diversos fatores explicam o crescimento da ansiedade na atualidade:

  • Ritmo acelerado da vida moderna: cobranças profissionais, excesso de tarefas e pouco tempo para descanso.
  • Sobrecarga de informações: a hiperconectividade e o uso constante das redes sociais aumentam a sensação de comparação e pressão.
  • Instabilidade socioeconômica: inflação, desemprego e crises políticas intensificam a insegurança.
  • Questões ambientais e sociais: desastres naturais e polarização política também contribuem para o cenário de incerteza.

Impactos na saúde e na sociedade

A ansiedade não afeta apenas o bem-estar individual. Seus efeitos se estendem para:

  • Produtividade no trabalho: dificuldade de concentração e aumento do absenteísmo.
  • Relacionamentos pessoais: irritabilidade, isolamento e conflitos interpessoais.
  • Saúde física: sintomas como insônia, palpitações, dores musculares e problemas gastrointestinais.

Estratégias de enfrentamento

Embora seja um desafio crescente, existem caminhos para lidar com a ansiedade:

  • Práticas de autocuidado: exercícios físicos, meditação e técnicas de respiração.
  • Limitação do uso de redes sociais: reduzir o tempo online ajuda a diminuir comparações e sobrecarga de informações.
  • Apoio profissional: acompanhamento psicológico e psiquiátrico são fundamentais para casos persistentes.
  • Políticas públicas: ampliar o acesso a serviços de saúde mental e campanhas de conscientização.

Conclusão

A ansiedade na atualidade é um reflexo direto das transformações sociais, econômicas e tecnológicas do nosso tempo. Mais do que um problema individual, trata-se de um fenômeno coletivo que exige atenção de governos, empresas e da sociedade civil. Reconhecer a gravidade do quadro e investir em soluções é essencial para garantir qualidade de vida e bem-estar às próximas gerações.


Risco e alerta: O aumento da ansiedade está diretamente ligado à hiperconectividade e à instabilidade social. Ignorar o problema pode gerar impactos econômicos e sociais de grande escala, como queda na produtividade e sobrecarga nos sistemas de saúde.


Autor: João Antonio dos Santos

Especialista em Psicanálise e Neurociência



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